Ih! Acabou a Cerveja.



Um homem chamado de glutão, bebedor de vinho que na maioria das vezes estava em companhia de pecadores, prostitutas, corruptos, comendo com eles, no ambiente deles, será que teria “oportunidade” de pegar as Escrituras e fazer uma leitura e discorrer sobre ela em nossas reuniões, seminários, congressos ?

Muitas vezes nossos julgamentos beiram o ridículo da atitude dos fariseus que foram tão combatidos por JESUS, vivendo uma religião exterior, quando nos são apontadas mudanças no coração. Com toda a moralidade e preservação dos bons costumes, provavelmente o próprio JESUS como homem, não seria aceito para ser membro de nenhuma comunidade, quanto mais para ser líder de alguma delas.

E no casamento em Caná da galiléia...


... transformou água em vinho.


Já pensou transportar aquela cena para hoje?

O pastor J. está em uma festa de casamento, e o baile tá rolando solto, a mãe dele chega e diz: Ih! o pai da noiva está todo sem graça, porque acabou a cerveja, aí o pastor vai lá na distribuidora de bebidas e pede uns 12 engradados de Cerveja, acontece que só tem cerveja das mais caras, porque das aguadas iguais as que estavam sendo servidas até aquela hora já tinham acabado, só tem de Weissbeer pra cima, ele não liga, mete a mão no bolso, paga e leva as 12 caixas, descarrega na casa do baile e começam a distribuir de novo as cervejas, e o pessoal fica admirado e vão logo dizendo ao dono da festa:
- rapaz, todo mundo serve primeiro as boas, depois servem as aguadas, mas você está nos servindo o que tem de melhor no mercado em matéria de cerveja no final, isso é novidade. Isto é que é festa.

Coitado do Pastor J., precisa dizer o vai acontecer com ele ?


Um comentário:

  1. Bem, pra início de prosa, o "ministério" dele já estaria fadado ao fracasso, pelas razões apontadas no texto.

    Ou então ele poderia tornar-se um cínico, adequando-se aos gostos e expectativas morais (costumes) do grupo em que se candidataria a fazer parte. Deixaria de ser quem Ele é.

    Tornar-se-ia um ser insosso, ou, no máximo, um sal unicamente a serviço do saleiro comunitário-social-local.

    Não salgaria a única instância em que o sal pode realmente fazer diferença: no mundo...

    Mas poderia orgulhar-se de não ser como os demais pecadores, pois vivencia um padrão moral em tese superior aos demais..."Graças a Deus - no caso, Ele mesmo - que não sou como os demais". E assim dormir em [suposta] paz, sendo justificado por seus próprios atos.

    Em seguindo tal postura, havendo uma nova festa, tal bebida profana não seria servida. E, caso alguém se atrevesse a "furar o cerco", ele se levantaria e diria, adequando-se às expectativas de papel social por ele encarnadas: "Fora daqui com essa coisas do mundo e do demo..somos povo de Deus, não andamos nem agimos como os demais, pois somos melhores".

    E por aí vai...

    Um abraço,

    Henrique

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